António Vieira Lisboa
1907-1968
A marca incontestável dum artista.

Raúl Leal

  1. Libertação
  2. Foi-se o prestígio do Teu corpo môço.
    Só me prendia a Ti a carne: observo
    Mas dessa posse ainda em mim conservo
    Tôdo o vestígio que nas veias ouço.
  3. Nada se acaba, extingue de repente.
    ?¡E foram anos de servil ardor!...
    Sofri da Tua Carne o Seu explendôr
    sem sentir peso? doentiamente.
  4. Anos inteiros, confundiu-me a posse
    ?Ah muita vez eu tenho o que suponho!...
    Ia buscar a ilusão ao sonho...
    ¡¿Mas quem o amargo sinta e não adoce?!

Mulheres, 1942